sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

OIKOS Desafio 100 - Uma corrida contra o desperdício alimentar



Queres fazer como os grandes atletas Rosa Mota, Carlos Lopes e o Nélson Évora?

Simples!!!

Um desafio, 100Km, 2 dias, com participação individual, mas preferencialmente em equipa em regime de estafeta, de 4 ou 8 elementos.

Não será apenas uma prova desportiva, mas principalmente solidária!

A Oikos – Cooperação e Desenvolvimento (www.oikos.pt) é umas das mais antigas ONGD (Organização Não Governamental para o Desenvolvimento) portuguesas (1988), e vai organizar a 2ª edição da OikosDesafio100 (http://www.oikosdesafio100.pt) nos dias 18 e 19 de Abril, desde a Lourinhã até ao Jamor.

Todos participantes serão desafiados a realizar provas paralelas de cidadania e solidariedade que acontecerão até ao dia da corrida com o objectivo de angariar mais fundos para esta causa.

Nós iremos estar presentes!!! E TU???

Divulga e participa!

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

IV Trail Montes Saloios por Ricardo Pebre

Com este dedicar ao Trail Running de forma assumida, esta prova teria de constar no meu mapa este ano, pois todas as referências que tinha desta prova até então tinham sido muito boas... (gosto muito do conceito de uma prova para corredores, feita por corredores).

Desta forma, realizei a inscrição com a perspectiva de esta se vir a tornar um treino longo, num quadro maior de preparação. Fui levantar o dorsal no dia anterior à prova e a organização da entrega dos dorsais desde logo começou por confirmar o que me tinham dito...

No dia da prova dirigi-me à localidade de Covas de Ferro, e após algum tempo para estacionar o carro, lá me encontrei com o meu companheiro de equipa Nuno Barreto, prontos para entrar nesta aventura.

O local de concentração e de briefing foi dentro do pavilhão da Liga dos Amigos de Covas de Ferro, uma excelente forma de nos mantermos quentes antes da partida. 

Ouvido o briefing dirigimos-nos para o local de partida no exterior, não sem antes privarmos um pouco com os amigos da Running Crew Correr na Cidade (Nuno Malcata, Bo Irik, Tiago Portugal Pedro Luiz) que tive o privilégio de conhecer no Ericeira Trail Running e que me acompanharam em boa parte da prova. 

Até aqui tudo perfeito e tudo perfeito estaria não fosse aquele primeiro estrangulamento logo no primeiro km (onde perdi o contacto com o Nuno Barreto), que até compreendo que do ponto de vista geral fosse para ser feito a correr, mas seria de prever...

Ao longo da prova, percursos bem marcados, com excelentes sinaléticas (algumas ao jeito de provocação) que mesmo em paredes de 38% de inclinação e após 24 km nos fizeram sorrir, alguma lama, passagem de riacho, single tracks nas falésias (em segurança), pedras e pedragulhos, descidas longas a massacrarem as pedras... Ingredientes perfeitos!!!
Foto de Joel Silva


Os abastecimentos estavam bem posicionados, com o essencial para a distância (eu sou adepto da máxima "quem vai ao mar avia-se em terra") e aquele caldo verde no final soube que nem ginjas!!!!




Finda a prova, acabei com a sensação de poder ter apertado mais um pouco, o que é um bom sinal, e só me apeteceu naquele momento fazer a inscrição para o próximo ano!!!

Parabéns Montes Saloios pela organização 

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Iron Brain Race por Ricardo Peixe

Iron Brain Race no passado Domingo, dia 01-02-2015 no Centro de Tropas Comando em Belas.


Embora a maior parte das OCR em que participei tenham sido fora de Portugal, foi com enorme FELICIDADE que participei nesta prova.

Agradeço à Organização pelo excelente desafio que proporcionou aos participantes. Não só pelo local escolhido, mas também por todos os obstáculos físicos e mentais.

Tenho lido muitas criticas à Organização... o que me leva a pensar que provavelmente alguns Portugueses não estão preparados para este tipo de provas. Criticas como:

  • "prova demasiado cara" - Este tipo de provas não é comparável às 1001 corridas de estrada que temos em Portugal, que se planeiam sentadas à mesa e onde se resolvem os cortes de transito com 2 ou 3 policias. Nas OCR são necessários muitos reconhecimentos do traçado, dezenas de voluntários, grande parte dos obstáculos não são naturais, como tal têm um custo associado, etc... Para além disso, nesta prova exista seguro para os participantes. As OCR's de referência a nível mundial (com valores bem superiores a 50€) não garantem qualquer seguro e ainda pedem aos seus participantes que assinem um Termo de Responsabilidade em como se responsabilizam por todas as lesões que venham a contrair durante a prova.

  • "percurso mal sinalizado" - Eu fiz a prova e posso garantir que todo o percurso estava sinalizado com fitas presas nas árvores e mato envolvente ao traçado. Não é expetável que a cada curva exista um voluntário. Quem já fez uma prova de Trail sabe bem que quando se percorre mais de 100m sem encontrar sinalização deve voltar a trás. A atenção e sentido de orientação são essenciais neste tipo de provas. A organização publicou com bastante antecedência o percurso e ainda através de vídeos e fotografias deu a conhecer bastantes obstáculos. Isto demonstra preocupação e cuidado para com o público que tem pouca experiência neste tipo de provas. Nas provas de referência o traçado não é comunicado com antecedência.

  • "não existiu hidratação durante o percurso" - Embora no regulamento exista referência a um abastecimento sensivelmente a meio da prova, também diz "... Traga o que entender ao nível alimentar e hídrico." cabe a cada um conhecer os seus limites (é para isso que se treina antes de participar em qualquer evento). Vi vários participantes que transportavam água e barras energéticas. Há que contar com imprevistos... uma barra energética ou um gel cabem em qualquer bolso.

Certamente que a organização fará o seu balanço e verá pontos a melhorar... mas isso não é o que TODOS nós no dia a dia temos de fazer?

BENVINDOS ÀS OCR PORTUGUESES !!!

Obrigado a todos os camaradas de treino e de provas já superadas. Gostei de vos rever a TODOS.

Obrigado toda a estrutura de Organização em especial às pessoas com quem contactei mais de perto Diego Sacco, Victor Ferreira e Lino Silva, sem esquecer todos os restantes que não conheci.

Por fim, mas sempre em primeiro, OBRIGADO Maria José Pereira!!!! Lugar 95º na Geral, 6ª no teu escalão e sempre em 1º no meu coração!

Ricardo Peixe

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

II Trilhos Nocturnos dos Templários por Filipe Sousa e Rui Almeida

GO!Runners presentes mais uma vez, e em grande número (10 elementos - 3ª equipa em quantidade) para mais uma prova, desta vez um Trail, e nocturno!!! Seria o meu primeiro trail nocturno….

Partindo de Lisboa fomos a caminho, e para variar atrasados, a caminho de Santa Cita, arredores de Tomar, para aquele que foi a primeira prova do ano!! E que prova!! Organização 5 estrelas!!!  Pela ACR Santa Cita.
Assim o é quando a própria admite logo a única coisa menos boa que aconteceu…Banhos frios… Algo a melhorar!!!  Principalmente no meu caso, isto porque se eu corresse muito mais rápido ainda apanhava a água quente!!!
O meu novo frontal, por sinal igual à maior parte dos elementos da nossa equipa, Geonaute ONnight210 através da Decathlon, foi pouco oneroso, luz suficiente (80 Lúmens), e além de leve com uma autonomia enorme (60h a 120h)!! Serviu os seus propósitos e cumpriu a função para a qual foi adquirido! Fazer a corrida com uma clara visão do caminho, e principalmente não cair ou tropeçar naquela noite escura.
       


Estamos sempre a aprender, e aprendi que com tanto frio que estava, a minha respiração ofegante me fazia nevoeiro à luz do frontal deixando de ver o que quer que fosse, pelo que não poderia respirar normalmente, mas sim ou para um dos lados ou para baixo, a descer era mais complicado, pois além de quanto mais baixo mais frio fazia e a descer sempre se vai um pouco mais rápido quer se queira ou não…. Enfim...pormenores que se vão aprendendo, a experiência ganha-se!
Apesar de já não chover há alguns dias…pelo menos desde o ano passado….LOL….existiam bastantes e enormes poças de lama… Assim como normalmente me acontece, os meus ténis de trail, uns Karrimor, nunca chegam limpos ao final de uma prova, devem ter uma atração pela lama, mas trail não é trail se não tiver lama!! (Digo eu!)


Gostei imenso de começar a prova com os Cavaleiros do Templários a liderarem os atletas, Fogo de artificio, tiros de caçadeira, caminho marcado, e muito bem marcado, tirando uma pequena parte logo após a passagem do 14K mas nada de especial segue em frente e lá se deu com as fitas novamente, as fogueiras (algumas ENORMES labaredas), marcações com elas ou gel incandescente. E por falar em fogo aquele Madeiro no final da prova soube tão bem depois do banho frio que não tomei….                                                                                                                                                                           
                                          

Continuando com a prova, o abastecimento a meio da prova  com o necessário (água, coca-cola, fruta variada, marmelada),a colocação do pessoal da organização em sítios essenciais no percurso, a simpatia dos mesmos, o abastecimento final, aquele chazinho quentinho, que eu não vi!! É o que dá ser míope e correr à noite sem óculos ou lentes de contacto….

Próximos Trilhos dos Templários, desta vez os diurnos já estão no calendário!!! Em Setembro lá estaremos novamente….E espero que os III Trilhos Nocturnos dos Templários voltem a ser a primeira prova do ano!!!

Obrigado aos GO!Runners nesta prova. Ao meu irmão Diogo, Tiago, Lito, Pastor, Rui, Pebre, Pedro e ao Hugo. E um especial abraço ao Marrão, que com gripe ficou de cama, e a ver a nossa excelente prestação nesta grande prova através da SportTV….




Abreijos deste vosso amigo e GO!Runner
Filipe Sousa



Por Rui Almeida


Foi no sábado dia 3 de janeiro de 2015 que me iniciei num trail nocturno. Estava um pouco receoso visto ser apenas o meu segundo trail e ser....nocturno! Acabei por ser convencido a participar por membros da grande equipa “Go!Runners”. E ainda bem que fiquei convencido. Foi uma prova excelente, do meu ponto de vista, muito bem organizada. Os mais de 14km estiveram sempre bem identificados pelas fitas sinalizadoras, bem como por fogueiras. A partida foi acompanhada por fogo de artifício bem como por dois cavaleiros trajando fatos dos templários. E lá seguiram os quase 400 participantes. O único abastecimento intermédio era completo, com vários tipos de fruta ( pêra, maçã, laranja, banana, ananás...), coca-cola, água e a sempre revigorante marmelada. O trajecto foi sempre por estradões de terra e single tracks. Apenas nos metros iniciais e finais houve direito a alcatrão e ainda bem. Iluminados apenas pelos frontais e pela bonita Lua cheia, lá fomos subindo e descendo montes, fintando as árvores . 

Já próximo do término da corrida, deparámo-nos com mais uma surpresa, uma subida bastante íngreme, em que podíamos ( e devíamos) ser auxiliados por uma corda. E assim que cortámos a meta, podíamos retemperar forças com uma mesa abastecida com várias frutas, chá quente, água...  Tudo o que queria neste momento, era o tão ansiado banho quente mas....de água quente nem ver, só água fria, gelada mesmo. Este foi o único reparo a toda a organização. Depois de fazer um trail, numa noite gelada, tudo o que pedia era um banho quente.
A seguir foi o repasto, composto pelo caldo verde, arroz doce, vinho, cerveja, água, sumos ,sandes de porco no espeto e...boa disposição.
De louvar toda a organização, simpatia de todos, quer organização quer participantes. Para completar a noite, faltou apenas o pódio, fica para o ano. Obrigado a todos os membros dos Go!Runners (Rui Almeida, Ricardo Pebre, Filipe Sousa, Diogo Sousa, Pastor, Pedro Vicas, Tiago Sousa, Calisto Pereira e Hugo Mascarenhas).




Rui Almeida




terça-feira, 30 de dezembro de 2014

A minha primeira São Silvestre de Lisboa por Ricardo Pebre

Há já alguns anos, desde que comecei a correr com algum afinco (pelo meio parei umas quantas vezes) que almejava participar nesta prova. Por diversos motivos não o fiz, ora por uma desculpa esfarrapada, do género dói-me a unha do pé ou é muito tarde, ora por falta de oportunidade.
Este ano foi o ano!!!!

Preparei esta prova sem grande afinco, pois estou num período de adaptação a um novo treino, mas também porque sabia que ao sair dos sub-60 os primeiros dois quilómetros seriam uma verdadeira prova de obstáculos... Sim o ano da minha estreia também foi o ano da estreia da partida por tempos, grande novidade e de louvar... E é neste ponto que surge a minha única critica à organização, pois voltei a correr à pouco tempo e não tive oportunidade de enviar o meu tempo de sub-50 à organização, o que é de minha inteira responsabilidade. O que não seria de esperar é, ao chegar a casa, ver na televisão uns quantos ilustres com dorsais (peitorais como eu lhes chamo) Sub-50, com os próprios a admitirem que nem em uma hora acabariam a prova... Como vivemos num país de cunhas e compadrios, quando iniciei a minha primeira prova (os primeiros dois quilómetros) dentro da prova principal, tive oportunidade de ver vários caminhantes... E sobre este assunto...

Pormenores à parte, considerei esta uma verdadeira festa do atletismo na zona de Lisboa. Muito bem organizada, com sinalização inteligente, animação, vedetas do atletismo nacional, fadistas a cantarem "A Portuguesa", a "Guerra dos Sexos", tudo "pormaiores" desta festa em Lisboa.

Gostei da prova, maioritariamente plana, com um terminar rompe pernas, com a subida do Rossio ao Marquês de Pombal e retorno para a meta instalada nos Restauradores...

Em termos de preço, uma prova que tem uma relação aceitável entre ofertas e custo, nada comparável ao que vivemos no mundo dos trilhos, mas bastante acima da média das provas de 10 quilómetros em estrada...

Volto? Não volto?

Voltarei com certeza...

"Pró Ano Há Mais"

GO!Runners


Classificações da equipa






Class           Atleta                    TempoChip      ClassifChip  Escalão ClassEscalão

96              Rodrigo Noivo        00:36:14             96              Senior     39
382            Pedro Videira          00:39:51            340             Senior     114
512            Bruno Marrão         00:41:03             480             V35         94
584            Nelson Pereira        00:41:58             595             V45         63
615            Paulo Marques        00:42:14             622             V35        110
809            Diogo Sousa           00:43:31             828              Senior    215
1309          Calita Dias              00:45:36             1302            V35       273
1501          Ricardo Pebre         00:45:18             1222            Senior    370
2101          Rui Almeida            00:47:33             1815            Senior    507
2528          Hugo Mascarenhas 00:48:44             2215            V35       557
3713          Filipe Sousa            00:53:09             3555            V35       761
6673          Rute Patrocinio       01:03:29             6687            V35       263

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Ericeira Trail Run - 66kms (20 Dezembro 2014) por Rodrigo Noivo

Começava eu mais uma aventura pela zona da Ericeira, mais concretamente em Ribeira d´ilhas, numa prova com uma "kilometragem" ao qual nunca tinha experienciado.
Apresentei-me no local por volta da partida por volta das 07h15 da manhã juntamente com o meu colega de equipa João Diogo Duarte, partida essa que estava marcada para as 08h00.

Antes do inicio da prova, as habituais últimas verificações do material, começando aqui a minha primeira "contrariedade" quando percebi que a minha última aquisição, o relógio Arrival que o tinha carregado há cerca de dois dias dava sinal de bateria fraca até se desligar. "Pronto", pensei eu: "Lá terei de fazer a prova sem relógio". A inexperiência nestas andanças tem destas coisas.
Posto isto, dirigi-me para o controlo zero, que digamos foi apertado devido à chegada tardia dos atletas ao mesmo, iniciando-se a prova com grande parte dos atletas barrados no "check-in".
E então começou a aventura....



Como era a primeira vez que realizava uma prova acima dos 50 kms pensei que seria importante encontrar nos primeiros quilómetros atletas com um ritmo confortável com o qual eu pudesse seguir, (até já tinha essa referência, o Luís Neves Franco, mas ele ficou barrado no controlo inicial) e foi isso que aconteceu.
Ainda nas primeiras passagens junto do mar colei-me ao atleta Lino Luz e pensei que poderia ser um bom ritmo para eu seguir e deixei-me ir. Deixando o mar para trás continuei a progredir mais alguns quilómetros com alguns atletas até que a partir duma certa altura ficámos reduzidos a dois, eu e o Lino, onde tive a oportunidade de partilhar com ele algumas das suas experiências, enquanto os kms iam passando bem depressa, dando-me indicações sobre o tempo e a distância que estàvamos a realizar.

Entre os 20 e 25 kms, somos apanhado pelo Luís Neves Franco, que se junta para uns kms de boa disposição, até com umas anedotas à mistura e com direito a uma música do Toni Carreira cantada pelo Lino ao chegar à cidade de Mafra.

À saída de Mafra houve paragem estratégica para aliviar necessidades, sendo que nessa altura perdemos o Luis e voltamos a seguir a dois e a bom ritmo, passando no abastecimento dos 37 kms a 30 minutos dos primeiros classificados. E foi por essa altura que começou as complicações, isto porque comecei com fortes dores na região inferior do abdómen, sinal de alerta que alguma coisa não estava bem , mas continuei até que aos 42 kms disse ao meu companheiro de viagem que continuasse porque eu iria abrandar o ritmo e muito.

Seguiu-se alguns quilómetros penosos em que até dificuldade houve em andar, com uma diarreia brutal à mistura e passou-me pela cabeça pela primeira vez a palavra desistir. Foi então que coloquei em prática a estratégia "andar-correr" durante alguns quilómetros até conseguir encontrar novamente o meu ritmo.....

Depois de algum tempo a "penar", lá me equilibrei novamente e vislumbrei uma centena de metros mais à frente o Luís ( que me tinha ultrapassado durante o meu período de agonia com a Sofia Roquete) e deu-me forças renovadas para me juntar a ele e seguirmos até ao final os dois, pensei eu na altura.

E lá seguimos os dois, km a km até à Foz do Lizandro onde estava marcado o abastecimento dos 60 km. O "staff" da prova informou-nos que éramos os 12º e 13º da geral e que a Sofia Roquete tinha passado por lá há dois minutos. Depois de "almoçarmos" por lá continuamos a nossa viagem, agora acompanhados pelo belo mar da Ericeira e eu cada vez vinha-me a sentir melhor e com mais forças até que perto dos 63 km avistámos a Sofia e resolvi aumentar um pouco o ritmo até ao final, descolei dos dois e vim a desfrutar até ao final da prova aquela bela paisagem, acabando com um grande sorriso nos lábios e a sentir-me o homem mais forte do mundo.. 



Conclusão: 11º lugar da geral, organização muito boa, boa camaradagem na prova, e experiência que provavelmente repetirei no próximo ano...Quero ainda desejar a todos umas boas festas, um 2015 próspero e claro, grandes treinos com a devida superação dos vossos objetivos!!!



Rodrigo Noivo

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Pliometria para corredores de montanha (retirado e adaptado de corredor de montanha)

A grande maioria dos atletas de alto nível utilizam estes exercícios, devido à sua grande facilidade de execução e que não requerem material, portanto passiveis de serem realizados ao ar livre.

A pliometria deve ser enquadrada numa programação especifica, de forma a alcançar o objectivo previsto, A destruição muscular provocada pelos ultra trails poderá ser assim prevenida ao melhorarmos o nosso rendimento e prevenirmos lesões.

O que é a Pliometria? Consiste em trabalhar o músculo, primeiro na sua fase excêntrica, passando de seguida à fase concêntrica. (ciclo alongamento - encurtamento). De um modo mais simples, os músculos são como um mola, encurta-se a mola e esta aproveita a energia do encurtamento para um alongamento brusco e explosivo, desenvolvendo elasticidade.

No Trail Running, na fase ascendente os corredores têm que gerar uma força muito elevada com um gasto de energia elevado, enquanto que na sua fase descendente os musculos têm de absorver as forças de impacto, sofrendo uma destruição muscular grave (danos nas fibras musculares).

Deste modo, é importante implementar a pliometria no treino de forma a retardar a fadiga o mais possivel. É muito comum ver corredores a chegar à meta num visível estado de destruição muscular, mal conseguindo caminhar, enquanto outros chegam em sprint.

plyometrics squat jump


Squat Jump



Realização de um salto vertical explosivo elevando os membros superiores o mais possivel. Os tronozelos flexionam-se (Flexão plantarr). Recuperação de dois a três segundos por movimento.






plyometric exercises jump to box
plyometric exercises lateral jump to box


Salto Frontal




Salto frontal para a caixa ou escada. Fazer a impulsão o mais rápido possível. O passo atrás deverá ser feito alternadamente.





Salto Lateral




Muito semelhante ao anterior. Aterragem com os dois pés em simultâneo.





plyometric exercises bounding

Passada Longas (género triplo salto)




Exercício de corrida exagerada, em que deve haver uma fase de voo mais exagerada do que o normal devido ao impulso excessivo que faz com que a perna de apoio









plyometric exercises bounding with rings

Passada longa com deslocações laterais



Semelhante ao anterior mas com algum deslocamento lateral. Possibilidade de introdução de aros. A distancia entre cada aro deve ser entre 30 a 40 centímetros.






plyometric exercises lateral hurdle jumps


Saltos Barreiras laterais



Deve-se realizar um salto vertical alto mas com deslocamento de um lado para o outro da barreira. Num movimento continuo, flexiona-se as pernas para a impulsão, aterrando também em flexão.







plyometric exercises zigzag hops

Saltos em Zig Zag


Saltos com os pés juntos em zig zag sobre uma referência. Os saltos devem ser feios com deslocamento lateral e para a frente, parando após a execução.







plyometric exercises single leg lateral hops


Saltos ao pé coxinho



Com deslocações frontais o laterais. realizar com um pé e depois repetir com o outro.




plyometric exercises depth jump



Drop Jumps



Deixamo-nos cair da altura criada (Banco, muro...) A trajectória de queda deve ser vertical com o corpo extendido. Assim que os os dois pés tocam no solo, entramos na fase de amortecimento, em que devemos flectir os joelhos seguindo para uma explosão vertical semelhante ao squat jump (primeiro exercício).